Monitoramento em tempo real
Câmaras do metrô de São Paulo alertam sobre objetos perdidos e crianças desacompanhadas
Até 2023, o Metrô de São Paulo prevê instalar mais de cinco mil câmaras em todas as estações das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, que irão compor o novo circuito de monitoramento eletrônico com câmeras com função inteligente, entre eles o de reconhecimento facial. Até o momento, 91 câmaras foram instaladas nas estações Carrão, Guilhermina Esperança e Belém. A tecnologia tem como objetivo emitir alertas sobre objetos suspeitos abandonados nas estações, crianças desacompanhadas e até invasões da via.
Na prática, as câmeras serão interligadas ao Centro de Controle da Segurança com recursos de inteligência artificial, com softwares capazes de fazer a leitura das imagens e emitir alertas. O sistema também terá um Data Center que atuará integrado às câmeras com capacidade de armazenamento de imagens por 30 dias, o que ajudará nas ocorrências que precisam ser investigadas, para isso, o sistema também irá monitorar os chamados pontos críticos.
Segundo o Metrô, o objetivo não é a identificação de rostos. A adoção de sistemas de monitoramento que permitem o reconhecimento facial é alvo de intenso debate sobre a privacidade de passageiros, além do risco de vazamento de imagens e dados no Brasil e no mundo. Outro ponto discutido são possíveis falhas, que podem até levar inocentes à prisão.
E de acordo com o secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, todo o projeto já foi desenvolvido com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sancionada em 2018 e em vigor desde setembro de 2020, que regulamenta o tratamento de dados pessoais por empresas públicas e privadas. E mesmo que o uso de máscaras possa dificultar o reconhecimento facial, o sistema também usa outros padrões, como altura e cor da roupa.
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