Um sobrevivente ícone arquitetônico na av. Paulista
O Palacete Joaquim Franco de Mello deverá ser transformado no Museu da Gastronomia do Estado de São Paulo
O governo de São Paulo lançou um chamamento público para estudos de concessão à iniciativa privada do Palacete Joaquim Franco de Mello. A ideia é restaurar o casarão e transformá-lo no Museu da Gastronomia do Estado de São Paulo. Antes disso, havia um acordo para uma parceria entre o Estado e o Serviço Social da Indústria (Sesi), para criar no local o Museu da Ciência, que foi cancelado pela pandemia, também já houve um projeto para a instalação de um museu LGBT no local, que não foi adiante.
Na Avenida Paulista, 1919, está localizado o Palacete Joaquim Franco de Mello. Ele é o único imóvel remanescente da primeira fase residencial da avenida, datada entre 1891 e 1937. Época em que fazendeiros do café, indústrias e grandes comerciantes abastados, ergueram na Paulista as residências mais elegantes que havia na época.
Especificamente o palacete foi construído em 1905, em estilo eclético, com influências da arquitetura europeia, pelo construtor português Antônio Fernandes Pinto. Ao longo de seus 600 m2 de área construída, são 35 cômodos. Curiosamente, ele é uma das primeiras casas paulistanas a ter banheiro com água encanada. O imóvel tem alto valor arquitetônico pela variedade de diferentes estilos de construção da época.
Por muito templo, o palacete foi a residência da família do coronel Joaquim Franco de Mello, fundador da cidade de Lavínia (SP), nome dado em homenagem à sua esposa, e de seus três filhos do casal, Raphael, Rubens e Raul Franco de Mello. Depois de um tempo abandonado, em 2006, um descendente da família, Renato Franco de Mello, passou a ocupar o imóvel e ele conservou o requintado mobiliário que ornava os salões.
Com a morte de Renato Franco de Mello, em 2019, o Estado teve a posse definitiva do palacete. O imóvel é tombado pelo Conpresp e pelo Condephaat, desde 1992. Além de restauro e conservação da residência, está previsto a edificação de um anexo à construção atual, que ocupa um terreno de 2 mil metros quadrados, e que deve ser destinado à exploração econômica.
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