Três assaltos em um mês
Pois é, tem gente que acha que a violência está diminuindo. Aliás, algumas estatísticas recentemente publicadas mostram isso, mas entre o que elas mostram e o que a população sente vai um espaço enorme e, lamentavelmente, no sentido negativo da sensação. A população não se sente mais segura e muito menos acha que as coisas estão melhorando.
Pelo contrário, não tem dia que as televisões não mostrem a ação dos bandidos assaltando de moto e, o que é pior, atirando e matando sem a menor compaixão, por pura maldade e com absoluto desprezo pela vida humana.
Tenho um amigo que levou um tiro no peito e não morreu porque foi rapidamente atendido, depois de entregar o que o ladrão pediu, enquanto abastecia seu carro. Sua sorte é que outro cliente do posto o colocou no carro e em poucos minutos chegou no hospital.
As autoridades dizem que o índice de homicídios está em queda, mas, ainda que seja verdade, estamos algumas vezes acima da média mundial e o roubo de celulares segue impávido, na casa de dois por minuto.
Para quem acha que estou exagerando, meu sócio passou por três experiências em um único mês. Em duas, a vítima foi sua mulher. Nas duas teve o vidro do carro quebrado e o celular roubado. Nada a fazer a não ser contabilizar o prejuízo duplo, o celular e o vidro, em pouco mais de duas semanas.
E para quem acha que já está bom, que o exemplo mostra a realidade paulistana, no sábado passado meu sócio foi com a filha e sobrinhos passear na galeria do Rock e, quando saiu, entrando no táxi que os levaria para casa, sentiu um forte tranco no pescoço e, ainda desequilibrado, quando percebeu o que tinha acontecido, viu o ladrão fugindo com a corrente que ele herdou de sua mãe. E tem quem ache que está tudo bem.
___
Siga nosso podcast para receber minhas crônicas diariamente. Disponível nas principais plataformas: Spotify, Google Podcast e outras.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.