Estradas
As estradas paulistas estão entre as melhores do país. Já estavam antes das privatizações e a diferença aumentou muito depois que foram privatizadas. Hoje, entre as 20 melhores estradas brasileiras, 20 estão em São Paulo. Tem lógica e ela se chama comprometimento. Do estado e das concessionárias. Todos querem ver a malha funcionando da melhor forma possível. O que não quer dizer que as estradas paulistas deem conta do tráfego. Não dão e não tem o que fazer.
Quem pega o Sistema Anchieta/Imigrantes num feriado prolongado sabe que a viagem pode durar muitas horas até Santos, mais até o Guarujá, mais ainda para o litoral sul e mais ainda para o litoral norte. Tem viagem que leva sete horas e a distância está longe de ser muito grande.
Num feriado prolongado, ir até Ilhabela pode levar tranquilamente seis horas ou mais. Na média, uma ou uma e meia a mais do que até São Sebastião, onde o interessado espera pela balsa o tempo que tiver que ser.
Não tem o que fazer, a não ser rezar para não ter arrastão, para os bandidos estarem satisfeitos e preferirem ficar jogando pebolim a assaltar os motoristas parados nas estradas.
E se você pensa que para o interior é melhor do que para o litoral, você nunca viu a saída da Castelo Branco numa sexta-feira a partir de depois do almoço. Aliás, a Castelo é fantástica todos os dias, de manhã e no final da tarde.
Não pense que a Raposo Tavares é muito melhor. Não é. Tem gente que sai da Granja Viana às cinco da manhã porque depois das seis ninguém chega em São Paulo antes das nove horas.
E, para fechar com chave de ouro, vamos falar do sistema Anhanguera/Bandeirantes. São as duas melhores estradas do estado, mas viajar por elas pode ser a antecâmara do inferno. Quando para, para.
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