A estupidez não tem limite
Muito tempo atrás, quando estava para invadir a Ásia, Alexandre o Grande foi desafiado por uma cidade estado grega que ficava numa ilha e por isso se imaginava a salvo do conquistador. Alexandre aterrou uma estrada sobre o mar, tomou a cidade e crucificou seus moradores. Daí para frente, todas as cidades abriram as portas para suas tropas.
Na primeira guerra mundial, na primeira batalha do Somme, só no primeiro dia entre mortos, feridos e desaparecidos, os ingleses tiveram mais de 57 mil baixas. Poucos momentos da história da humanidade foram tão estúpidos quanto a Primeira Guerra Mundial. Foi uma carnificina sem sentido com milhões de soldados enfiados em trincheiras imundas, morrendo de todas as formas para não conseguir nada mais concreto, além de 200 metros de terra inútil.
Mas a segunda guerra mundial foi mais cruel. Mais brutal, tanto que matou várias vezes mais milhões de pessoas, entre soldados e civis, com todos os requintes de maldade deliberadamente desenvolvidas pelo ser humano.
A humanidade não é boa. Basta ouvir as barbaridades ditas pelo candidato a presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para se ter certeza. E quem precisar de reforço é só ver um debate nas campanhas para prefeito no Brasil e não ficar mais qualquer dúvida.
Desde que o nosso primeiro antepassado desceu das árvores, andou em duas pernas e descobriu um pedaço de pau para quebrar a cabeça do vizinho as coisas só pioraram.
A capacidade de gerar dor e morte foi sendo incrementada, até atingir os patamares atuais, com uma vida valendo menos que um celular velho.
Será que tem jeito? Não sei, mas não podemos perder a esperança, ainda que convivendo com idiotas que tacam fogo nos campos e nas matas.
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