O natal no fim do túnel

Pode parecer que não, mas faltam 20 dias para o Natal. O ano novo ficou velho e está acabando, dando lugar a outro ano novo, que vai passar correndo e também vai ficar velho.

A rotina da vida é assim. Já era no tempo dos dinossauros, não tem razão para mudar, até porque o planeta segue sendo o planeta, girando em torno de si mesmo e em torno do sol. O que mudou é que, depois de mais de 150 milhões de anos de reinado, os dinossauros, um belo dia, entraram em colapso, começaram a acabar e acabaram, abrindo espaço para novas espécies, entre elas, nós, o homem sapiens, que, ao longo de pouco mais de cem mim anos, conquistou o planeta, se impôs, dispôs como quis e agora está diante de um nó que nem Alexandre consegue desamarrar.

É trolha para mais de metro e meio. Grossa, rugosa e feita sob medida para causar dor. Como somos competentes, ela está causando dor. Dependendo de quem e onde, muita dor. Dor de perda, dor de morte, dor de dente, enfim, dores terríveis, consequentes das mudanças climáticas que chegam chegando e dão conta do recado nas formas mais variadas de destruição. Em comum, a água, muita água, que cai do céu e daí pra frente se espalha, levando de encomenda o que fica na sua frente.

Mas no fim do túnel tem uma luz diferente, uma luz quente e amiga, que promete o paraíso, em ondas de calor e amizade, debaixo de um teto forte, onde calor, vento, chuva e lama não conseguem entrar. 

O Natal está aí, vinte dias para a frente. O comércio já percebeu e os clones de Papai Noel está faturando, sentados nas cadeironas dos corredores dos shoppings, tirando fotos com as crianças.

Em 20 dias pode acontecer muita coisa, boa e ruim. Mas Deus vai colocar sua mão debaixo de nós e o tempo será bom, as pessoas se entenderão, o trânsito vai melhorar e no final nós todos vamos sorrir.