O absurdo na cara dura
No dia 26 de dezembro peguei um avião para voltar do Chile. Dentro da sua costumeira falta de pontualidade, a LATAM decolou atrasada, mas, sendo ela, o atraso foi pouco. Na ida, atrasou mais de duas horas, sem um pedido de desculpa da tripulação. Foi como se estivesse tudo certo e no dia 26 não foi diferente, só que o atraso foi menor – meia hora -, o que o piloto compensou vindo no pau e, no final, desembarcamos só 15 minutos depois da hora prevista.
Mas a Latam é a Latam, não tem como fugir da sua sina ou do seu DNA. Desembarcamos, passamos pela checagem do passaporte e fomos retirar a bagagem. Teoricamente seriam operações simples, mas não foram. Não tinha fila para passar pela imigração, mas uma autoridade vestida de negro, com ar de sargento de comédia italiana, queria que percorrêssemos todos os corredores da fila entre a entrada e a cabine da inspeção.
Depois chegamos na esteira da bagagem. Aí a Latam se superou. Segundo a mensagem na tela o desembarque começou às cinco e quarenta e quatro. Só conseguimos retirar a bagagem às seis e quarenta, ou seja, teve gente que ficou mais de uma hora esperando para retirar suas malas.
Você imagina que alguém deu alguma explicação oficial? Que alguém se preocupou com quem tinha que fazer conexões? Não, para a Latam o passageiro não é problema dela. Pagando o preço da passagem, que se explodam. Uma passageira descobriu no balcão de bagagem extraviada da companhia o que estava acontecendo. Pasme! Estavam trocando o turno dos funcionários. Os passageiros que perdessem seus voos.
___
Siga nosso podcast para receber minhas crônicas diariamente. Disponível nas principais plataformas: Spotify, Google Podcast e outras.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.