Três feriadões seguidos

[Crônica de 25 de abril de 2006]

Não é todo ano que os brasileiros têm, assim, de bandeja, três feriadões seguidos.  Páscoa, Tiradentes e Dia do Trabalho, dois com a sexta feira, um com a segunda feira encompridando o final de semana.

É bom e faz bem pra alma, apesar de, com certeza, não fazer bem pro bolso. Do cidadão e da nação. Um ganha menos e gasta mais e o outro só ganha menos, porque gasta mais todos os dias.

Mas o que vale é a festa. A alegria das viagens para lugares diferentes em semanas diferentes, uma logo depois da outra, mal dando tempo para contar como foi e imaginar como será.

No primeiro, montanha. No segundo, praia. No terceiro, alguma coisa entre a montanha e a praia ou, melhor ainda, se possível, uma montanha com praia, como Fernando de Noronha, onde os cenários se encontram para criar um dos lugares mais bonitos do mundo.

Quem pode, pode. E vai. Vai pra cá, vai pra lá, no país e fora dele, porque o dólar está barato e a Argentina e o Uruguai também.

Então, por que não aproveitar? Não entrar num avião e em poucas horas conhecer dois países vizinhos, com três dias mais que suficientes para andar por Buenos Aires ou Punta del Este, se fartando de espanhol, comendo e bebendo bem, se divertindo com a vida mansa que a sequência rara proporciona para cada um de nós, abençoados brasileiros, com três fins de semanas longo na bagagem, para curar estresse e fazer esquecer o mensalão.

Não é todo ano que uma festa destas acontece. É raro e é bom. Então vamos em frente, nem que seja ficando em São Paulo, porque a cidade fica com jeito de férias e aí é a melhor época para aproveitar tudo de bom que ela oferece. Louvado seja Deus.
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