Machado de Assis em Lisboa
[Crônica de 28 de maio de 2003]
Machado de Assis não é apenas um dos maiores escritores brasileiros, é com certeza um dos maiores escritores da língua portuguesa, não devendo nada a Fernando Pessoa ou Eça de Queiroz.
Machado de Assis é tão grande que tem até um clube de admiradores em Lisboa e é este clube, o clube Machado de Assis de Lisboa, que realiza hoje, 28 de maio, o oitavo colóquio sobre o genial brasileiro, que, mesmo sendo carioca, cabe numa crônica geralmente sobre a cidade de São Paulo, em primeiro lugar por ter sido um dos maiores cronistas brasileiros e, em segundo, porque participam deste colóquio alguns grandes intelectuais paulistas, como o jurista e poeta Geraldo Vidigal, e sua incansável mulher, Mariazinha Congílio, além do embaixador Dário Moreira de Castro Alves.
É bom saber que Lisboa, berço do mundo português, tem espaço para discutir um autor do porte de Machado de Assis. Ou melhor, que Lisboa tem interesse num dos maiores escritores que escreveram em português, porque este interesse mostra que os países de língua portuguesa estão conversando, estão se descobrindo e trocando experiências e impressões não só sobre Camões, Eça e Pessoa, mas, também, sobre os grandes intelectuais dos outros países que falam português, que até bem pouco tempo atrás mal se conheciam.
Mas é melhor ainda saber que à frente desta discussão em especial está Mariazinha Congílio, que com seu gás inesgotável, com sua dedicação e seu amor pelo que faz, tem tudo para conduzir o oitavo colóquio sobre Machado de Assis, em Lisboa, para muito além de uma simples discussão entre brasileiros e português a respeito de um grande escritor carioca.
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