Mudando de cara
[Crônica de 15 de junho de 2005]
Devagar, com jeito de quem não quer nada, num trabalho constante, mais por conta da população do que dos governos, a cidade de São Paulo vai mudando de cara, recuperando áreas que já foram importantes, mas que estavam mais ou menos deterioradas.
Experiências bem-sucedidas podem ser vistas nas mais diversas regiões, com o Itaim Bibi servindo de exemplo, na rua João Cachoeira que se não ficou o máximo está muito melhor do que era, e mais bonita.
Agora é de novo a vez do centro, com uma segunda ação na Luz. A Luz mudou de cara com a inauguração da Pinacoteca, alguns anos atrás. Por conta dela, o parque foi recuperado e as igrejas do outro lado da avenida também passaram por reforma importantes, que auxiliaram na renovação do bairro. Mas essas reformas foram insuficientes para recuperar tudo que estava deteriorado no pedaço e, saindo da zona mexida, a situação fica triste, já a poucos metros do museu e do parque.
Pois é nesse pedaço que vão mexer e por conta dessa mexida, uma área interessante, que já foi muito bonita tem tudo para voltar a ser como era quando foi planejada por Ramos de Azevedo, por volta dos anos trinta.
A praça Fernando Prestes e mais um bom número de prédios estão incluídos no projeto Monumenta, que começa a sair do papel com a missão de intervir para resgatar o brilho da Luz, em todo o seu esplendor, atualmente escondido pelo tempo, pela mobilidade da cidade e pela incúria dos homens.
É mais um passo importante não só para a recuperação do passado, mas principalmente da qualidade de vida em São Paulo. É só com medidas como essa que nós vamos realmente combater a violência.
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