A vez dos jacarandás
[Crônica de 28 de setembro de 2009]
A árvore símbolo de São Paulo é o Jacarandá. Pode parecer incrível, mas a árvore que fez as matas da Bahia famosas, também é nativa da Mata Atlântica paulista e com tal intensidade que se transformou na árvore símbolo do estado. Não todo e qualquer jacarandá, mas o jacarandá rosa.
E não é ele a razão de ser desta crônica. O jacarandá que me move é o bom e velho jacarandá mimoso, roxo, que enfeita várias ruas da capital, com seu tronco simpático, sua ramada larga e, nesta época do ano, sua florada de sonho.
Cada árvore tem seu momento de glória. Nada mais justo que, depois dos ipês e das azaleias, São Paulo abrisse espaço para o brasileiríssimo jacarandá. Não há na cidade nenhuma árvore comparável aos jacarandás da beira do Tietê. Com mais de 3 mil anos de idade eles brincam de ver o tempo passar, como se fossem eternos, ou quase.
Em tamanho e em idade, só perdem para as sequoias norte-americanas. As da cidade são muito menores. Até porque São Paulo mal chega perto dos 500 anos e durante os primeiros 400 pouca gente se preocupou em plantar árvores, de forma sistemática, para melhorar a qualidade de vida da população.
Mas os jacarandás mimosos fazem sua parte. Além de elevar o nome da família, deixam as ruas onde estão plantados mais belas do que as ruas em volta.
Ainda que não se notabilizem pelo porte dos primos, são árvores de galhos largos, e isso faz com que as flores roxas se espalhem por uma grande área, dando mais brilho ao seu momento.
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