Mude ou morra
O livro começa afirmando que o mundo mudou. E que nada será como antes. Sempre foi assim.
Mas a certeza da mudança atual vai muito além dos versos das antigas músicas que tratavam do tema. Milton Nascimento, nós éramos felizes e não sabíamos. As coisas mudavam dentro de regras conhecidas, que não alteravam muito a rotina nossa de cada dia.
Agora, não. Agora, o trem passa e quem não sobe não entende mais o que está acontecendo. É tudo muito rápido, na vida e nos sonhos. O resto é tentar absorver as mudanças e tocar em frente da melhor forma possível.
Eu sou quase passado. Não tenho a menor intenção de entender o ritmo do mundo, nem como as coisas funcionam. Minha única certeza é a absoluta falta de certeza em relação ao futuro.
Afinal, nasci na época do telefone de magneto. Louveira sete, alô telefonista. Uma ligação para lá podia levar até quatro horas. Era mais rápido pegar o carro e ir até Louveira do que esperar completar o interurbano.
Hoje falamos com qualquer parte do mundo teoricamente sem problemas, mas, na minha casa, dependendo do lugar, celular não pega. Tanto faz, bom é ver quem a gente gosta dar certo e os filhos de quem a gente gosta darem certo.
Outro dia assisti na televisão o Roni Cunha Bueno dar uma entrevista sobre entrevista para contratação de pessoas. Fiquei impressionado. Poucos dias depois falei com meu amigo Roninho e descubro que era o seu filho e que ele está lançando um livro chamado “Mude ou Morra”.
O título assusta a minha geração, mas é isso mesmo. Ainda que eu não tenha tempo para mudar, o livro é claro, objetivo e mostra o caminho das pedras para que quem queira empreender entenda que a atualidade do seu negócio poderá estar velha antes do amanhecer. Vale a leitura.