O verbo

[Crônica de 17 de setembro de 1999] E Deus fez o verbo e seu som foi amar. E fez-se a luz e fez-se o espanto e a vida. Amar, já disse o poeta, é verbo intransitivo. Não deveria precisar de qualquer complemento para defini-lo. Amar deveria trazer em si a…

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150 anos de um grande poeta

[Crônica do dia 06 de maio de 1997] Há 150 anos nascia Castro Alves, com certeza um dos maiores poetas brasileiros. Cometa de vida breve e fulgurante, o homem disposto a lutar pela justiça do mundo encontrou em seus versos extraordinários a arma para enfrentar os poderosos e combater a…

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Um momento de beleza

[Crônica do dia 14 de dezembro de 2009] A beleza justifica. Um momento de beleza faz o feio e o ruim perderem o sentido diante da magia contagiante que o deslumbramento cria. Tanto em paz interior, como no arrepio que sobe pelas costas, numa sensação física de enorme bem estar….

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Adeus Erasmo Carlos

Qualquer coisa que se diga sobre Erasmo Carlos já foi dito. Mas que fim de ano para a música brasileira! Depois de Gal e Rolando Boldrin, o Tremendão sai de cena. Foi compor nos campos da eternidade, descendo as curvas das serras num carrão anos 60, com um sorriso nos…

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Obrigado para a Anca

[Crônica do dia 3 de junho de 2006] Entre as boas contribuições da OSESP, a orquestra de nível internacional que colocou São Paulo entre as cidades com grandes orquestras no mundo, o que não é pouco, uma das que me atingiu diretamente, além, evidentemente, do prazer de ouvir a orquestra…

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O trem que não é das onze

[Crônica do dia 9 de novembro de 2000] Um dos maiores sucessos de Adoniran Barbosa foi o famoso trem das onze, que ia para Jaçanã, levando o sambista para dormir em casa por que sua mão não dormia enquanto ele não chegasse. Era um trem confiável, que partia e chegava…

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Aos 96 anos do poeta

Amanhã o poeta Paulo Bomfim completaria 96 anos de idade. Ele partiu faz três anos e, desde então, faz falta para os amigos e para quem acredita que o mundo pode ser um lugar melhor e o Brasil um país onde a poesia e os bons sentimentos têm espaço para…

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Lua cheia

Faz tempo, nós descíamos da sede da fazenda para o terreiro, nos deitávamos em cima de edredons velhos e ficávamos ouvindo música e olhando o céu, especialmente nas noites de lua cheia. Também acontecia dela surgir na volta das cavalgadas até o morro da Cabaninha, onde íamos ver o por…

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A primeira névoa

A primeira névoa recobriu a manhã da cidade, encantando o dia que nasceu estranho, como que arrancado de um filme de ficção científica, onde um sol sem vida, ou agonizante, iluminava um planeta de sonho. São Paulo amanheceu escondida atrás da cortina branca que deformava sua silhueta, enganando os motoristas…

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Namorados

Teus olhos, mesmo quando estão bravos, têm um brilho próximo, que fala das venturas da terra e da possibilidade de se ser feliz. Tuas mãos, eternamente amigas, tuas mãos, se abrem, mesmo na noite mais escura, no momento mais difícil, quentes e carinhosas, como o sol numa tarde de primavera….

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