No peito da professora
Joana é professora, Taís é professora, Marlúci é professora, milhares de Joanas, Taíses e Marlúcis são professoras. Dão aulas nas redes pública e privada, se esforçam para ensinar, estudam e aprendem para ensinar, dedicam suas vidas a ensinar.
Do maternal à faculdade, todas, cada uma no seu quadrado, dedicam a vida à nobre missão de formar pessoas, prepará-las para a vida, dar um norte para suas estradas, criar sonhos, ensinar fantasias, abrir o mundo dos livros, os mistérios da história, os cabos e promontórios nas classes de geografia, o universo dentro do universo nas aulas de ciências.
Ensinar, treinar, tirar dúvidas, abrir novos campos, mostrar outras realidades, dar a força do conhecimento para enfrentar a vida.
Conversar, trocar ideias, mostrar outros lados da mesma questão, despertar a curiosidade, saciar a curiosidade, rasgar os limites.
A missão da professora e do professor é única e é mágica. A eles cabe continuar a obra dos filósofos gregos, moldar os jovens, dar uma chance aos adultos que não tiveram chance, espalhar cultura e sabedoria entre as várias camadas da sociedade.
Aa salas de aula podem ser locais mágicos e podem ser pesadelos. Mas serão sempre salas de aula, sempre um lugar de acolhimento, de troca de ideias, de compartilhamento. Porque os professores também aprendem com seus alunos.
A troca é múltipla e constante. Todos interagem, todos dividem, todos criam, somam e multiplicam. A escola é a caixa de ressonância da sociedade, o local que serve de elo entre a família e o mundo. E a escola está fechada. Ainda não voltou e o que os alunos perderam no ano e meio de pandemia que varreu o mundo não será recuperado jamais. As professoras estão tristes. Os professores também.
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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.