Criando Universos

Dentro da ordem natural, no universo onde as paralelas se encontram na curva do infinito, nós não somos nada, menos que um grão de areia, pó na lapela do casaco do gigante.

E, no entanto, somos universos, com mundos girando dentro de nós, na velocidade dos cometas que percorrem nosso corpo, na busca pelo planeta perdido em sua última órbita, na curva para fugir de um meteoro, no mergulho sem volta, puxado por um buraco negro.

Somos, intensamente, universos que seguem seu destino, com começo, meio e fim, como todos os universos girando em suas órbitas no seio infinito de Deus.

Somos quase deuses na essência divina de que somos feitos. Há em nós, dentro de nós, o fogo sagrado do instante seguinte ao “big bang”. O fogo sagrado que arde no peito de Deus, nos mistérios incompreensíveis da vontade de Deus.

Você sabe que não sabe, mas crê e a fé move montanhas. Dá respostas sem razão de ser e não comprováveis, mas são o pão de tua alma e a água de teu espírito. Dentro delas, você é mais forte, mais completo, mais absoluto e mais divino, na quase divindade que é cada ser humano.

Nosso planeta é pequeno, gira em volta de uma estrela pequena, numa galáxia fora do centro do universo. Que importa? É teu espaço, a parte que te cabe nesta estranha aventura em que nos lançam para percorrermos uma determinada distância, num determinado tempo, que nós não controlamos.

Antes era cedo e você não era parte do desenho; depois é tarde e você, novamente, não é parte do desenho. Teu tempo é teu tempo. Aproveite e procure ser feliz. Dentro dele você é mais que um planeta, você é um universo, com milhares de galáxias brilhando dentro de você.

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