Cinco milhões e contando
O mundo atingiu a marca de cinco milhões de mortos pela covid19. É um número apavorante, mas não acabou. A conta segue em frente e os dias trazem, monotonamente, sua cota de mortos. Varia a região em que morre mais ou morre menos, mas a morte segue firme, cavalgando pela terra, com seu alfange ensanguentado pelos mortos pela covid19 engrossando a conta geral.
O campeão mundial de morte pela covid19 são os Estados Unidos e o segundo, a medalha de prata com larga vantagem sobre a medalha de bronze, somos nós, o Brasil.
O que chama a atenção é que, se temos mais de dez por cento dos mortos pela pandemia, não temos quatro por cento da população do planeta. Isso mostra o enorme equívoco cometido pelo Governo Federal no trato da pandemia, do começo aos dias de hoje.
É verdade, hoje, mais de setenta por cento da população brasileira já tomou a primeira dose da vacina e pouco mais de cinquenta por cento está completamente imunizada. É um número robusto, que nos deixa bem no cenário internacional.
Mas é um número que precisa ser lido com cuidado, porque levamos mais de dez meses para chegar nesse patamar. E boa parte dos nossos mais de seiscentos mil mortos poderia não ter morrido se o Governo Federal não tivesse feito a lambança que fez, com cloroquina e outras tolices como atingir a imunidade de rebanho, em vez de vacinar a população.
Agora, quem está passando apertado é a Europa. O bis da pandemia já passou pelos Estados Unidos, pela China e outras regiões, o que quer dizer que não estamos seguros ou imunes porque hoje morrem poucos brasileiros. Amanhã o jogo pode virar e aí será um Deus nos acuda. Mas, até lá, vamos aproveitar o dia de hoje, porque o amanhã ainda está longe.
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