Vizinho é sorte

Lar que é lar preza pela harmonia e tranquilidade. Nada é pior do que ser constantemente incomodado

Desde que a humanidade existe, ela vive em sociedade, convive com seus pares e interage para o bem em comum, pelo menos é o que deveria ser, pois nenhum homem é uma ilha, como bem disse o poeta inglês, John Donne. Desde cedo, aprendemos regras de convívio, o que é certo e o que é errado, e que a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro, por definição do filósofo inglês, Herbert Spencer. Mas quando o assunto é vizinhança, nem sempre a harmonia existe.

Não importa se é casa, apartamento, condomínio ou um sítio, o lar é o nosso porto seguro, o nosso canto, onde decoramos como queremos e usufruímos dos espaços como for mais conveniente. Mas da porta para fora ou do outro lado do muro, esse sossego pode ser interrompido a qualquer momento por algum vizinho inconveniente.

E isso pode acontecer de várias formas, como as festas constantes com um volume de som ensurdecedor, nas quais mesmo pedindo para baixar um pouco o volume, nada muda; brigas familiares que toda a vizinhança escuta; gritarias, furadeiras acionadas nos horários mais absurdos, atritos entre vizinhos por coisas pequenas e por aí vai.

Por outro lado, há aqueles vizinhos que se tornam amigos, ao ponto de frequentarem as casas uns dos outros, ajudarem a cuidar dos pets quando um deles precisa se ausentar, além de prestarem atenção a barulhos estranhos que podem ser uma situação de risco. Há também os que são praticamente inexistentes, não cumprimentam ninguém, mas, também, não incomodam.

Saber conviver e respeitar o próximo é o mínimo que deveria ser feito. Claro que um barulho ou outro sempre existirá, mas cabe a cada um ter bom senso. Não há nada melhor do que conviver em harmonia e ter um lar para chamar de nosso. Por isso, vizinho é sorte.

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