Gente que faz
O bom e o bonito é que o Brasil, além das pessoas que atrapalham, tem milhares de pessoas que fazem. Gente que entra de cabeça na briga para fazer desse país um lugar melhor e mais justo. Um lugar onde as diferenças não sejam tão gritantes, não porque se vai tirar dos ricos para dar aos pobres, mas porque se vai ensinar os pobres a ficarem ricos.
O grande erro do comunismo, quando tinha comunismo, era querer tirar dos ricos para dar para o Estado, eleito o grande protetor dos pobres, que nunca receberam nada, além de muita porrada, dada pela polícia, nas ruas e campos especiais, onde os dissidentes eram reeducados para assimilar os princípios sagrados das verdades oficiais, que não eram necessariamente a boa verdade.
Tudo bem, o tema não é esse. O tema é a enorme contribuição de milhares de brasileiros que dão o que podem e o que não podem para melhorar a vida de quem não teve chance, de quem não pôde aprender, nem teve um empurrão para colocá-lo na trilha do bem-estar social.
Milhões de brasileiros estão ameaçados pela fome, milhões vivem em comunidades sem saneamento básico ou água tratada. Outros pertencem a famílias que não ganham mais do que um salário-mínimo por mês e muitos ganham ainda menos do que isso.
Em ações isoladas ou em grandes mutirões, cada vez mais comuns na vida da nação, brasileiros engajados com a causa social se dedicam a auxiliar o próximo menos favorecido, através de iniciativas dos mais variados tipos, diretas e indiretas, em todos os campos em que a sociedade é carente e, assim, dar a volta por cima e garantir saúde, educação, assistência social, alimentação e dignidade humana para os que estão marginalizados, passando necessidades e sem ter a quem pedir socorro.
Nessa hora, vendo essa gente, dá orgulho ser brasileiro.
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