O presente
Nunca é tarde demais para se querer dar o mundo para quem a gente ama.
Que é o mundo diante do sonho? E que é o sonho se não a mola do amor?
O mundo é grande? Meu amor é maior.
Que me importa se o mundo não cabe na minha mão. O mundo cabe na minha poesia e na vontade imensa que eu tenho de dá-la para o meu amor.
A poesia é a essência do meu amor. A fome, a sede, o fogo e o calor. A poesia é o céu com todas as suas estralas, e os lagos onde a lua reflete o brilho que ela roubou do meu peito, no instante em que eu dei a o mundo para o meu amor.
Meu amor tem o inefável do vento passando pelo campo, tirando das flores o segredo de seus perfumes. Tem a leveza de uma tarde de outono, quando o céu é infinitamente azul e profundo.
Meu amor é o encontro das águas dos rios e a onda que quebra na praia.
É ele que me empurra e me dá coragem. É ele que me alimenta e mata minha sede.
Meu amor é a fusão nuclear no momento que a bomba explode, o cogumelo que sobe e se funde ao sol, como o corpo depois do amor.
Meu amor é absoluto, uno e indivisível.
É água e fogo e ar e terra…
Meu amor é o instante depois do “big bang”, que se alastra, em ondas, criando mundos, cometas e dando brilho para as estrelas.
Meu amor é vasto como o pensamento, largo como um abraço, quente como um beijo.
Meu amor é a raiz de todo o meu bem, o tesouro mais escondido, amealhado gesto a gesto, dia após dia, até ficar imenso.
Meu amor é seu!
Por isso nunca é tarde demais para dar o mundo para quem a gente ama!
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