No rumo do sucesso
[Crônica do dia 17 de novembro de 1997]
A praça Vilaboim virou ao longo dos últimos anos um centro gastronômico muito gostoso. Aos poucos lojas de todas as coisas foram dando lugar para restaurantes e bares, que hoje dividem meio a meio com lojas de roupas, de decoração e floricultura o espaço mais do que simpático quer rodeia a praça, no rumo de quem sobe.
A maioria são restaurantes de fast food, que servem sanduíches, saladas e sorvetes de todos os tipos e para todos os gostos; uns ótimos, outros bons e outros por conta da sorte, mas nenhum ruim de você não querer voltar.
O curioso é que alguns estão sempre cheios e outros costumam não estar tão cheios, mesmo tendo uma aparência simpática, num mundo onde aparência conta muito.
As razões par isto podem ser enumeradas em três grandes grupos: sorte, preço e serviço.
Sem sorte, tanto faz abrir ou não abrir, porque o local vai fechar na sequência, por melhor que seja e por preços mais baixos que tenha.
A própria praça tem um bom exemplo para isto. um de seus imóveis é alugado a cada poucos meses, sendo que já passaram por ele comércios de todos os tipos, sem que nenhum tenha resistido muito, fechando rapidamente as portas, mesmo estando ao lado de gente com mais de 20 anos ganhando dinheiro no pedaço.
Mas, além de sorte, hoje, serviço e preço são básicos para o sucesso. e é só por isso que o Yellow Girafe e o McDonald’s estão sempre com gente: o primeiro não é barato, mas é ótimo, e o segundo, além de barato, para quem gosta, é imbatível.
Não que os outros vivam às moscas, não é isto. mas tem gente que anda abusando do preço sem dar a contrapartida na qualidade e aí o resultado costuma ser ruim – uma vez para o cliente e permanentemente para o lugar.
Ele acaba ficando vazio, mesmo com a comida e o serviço sendo bons.
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