Holocaustos
Tem gente que diz que nunca aconteceu. Não é verdade, aconteceu e foi terrível. Mais de seis milhões de judeus foram deliberadamente mortos com requintes de crueldade pelos nazistas, a grande maioria entre 1937 e 1945. Mas não foram somente judeus que foram mortos pela fúria bestial dos seguidores de Adolf Hitler. Adversários políticos, homossexuais, ciganos, ucranianos, poloneses, russos, franceses, holandeses, etc. conheceram o horror dos campos de concentração e os porões da Gestapo.
Quem nega, e tem gente que nega, só precisa entrar na internet e procurar palavras como Auschwitz, Dachau, Bergen-Belsen, Sobibor ou Treblinka para descobrir que a negativa é falsa, que o extermínio deliberado de milhões de pessoas foi algo que aconteceu de forma sistemática, cientificamente levado a cabo, desde a prisão, o transporte, a vida no campo, a morte com o máximo de eficiência e os fornos crematórios.
Quem sabe a imagem mais cinicamente cruel seja a frase gravada na grade do portão de entrada de Auschwitz: “Arbeit macht frei” (o trabalho liberta). Para quem quer se aprofundar no que aconteceu e na crueldade humana, recomendo a leitura do livro “Isto é um homem?”, de Primo Levy.
Mas não foram apenas os nazistas que ao longo dos últimos cento e poucos anos se esmeraram em matar milhões de seres humanos, em nome de “verdades” apavorantes, que insistem em seguir vivas e com seguidores fanáticos, como se o seu horror fosse piada ou não tivesse acontecido.
Belgas, no Congo. Os soviéticos e seus mais de vinte milhões de camponeses mortos de fome. Os chineses, com Mao Tsé Tung. O Khmer Rouge, no Camboja. Os cubanos e a “ternura” de Che Guevara. O Brasil, com os jovens de periferia e agora os Yanomami.
O ser humano em nome da paz faz a guerra, da ordem cria o caos e da civilização atiça a barbárie. E tem quem se acha semelhante a Deus.
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