Monsenhor Alberto Pequeno
[Crônica do dia 10 de junho de 2010]
A Rua Monsenhor Alberto Pequeno fica no Pacaembu, bairro conhecido pela visão democrática e aberta a respeito dos homenageados por suas ruas.
Não fosse assim, não haveria o encontro de um ex-prefeito de São Paulo, com um almirante da marinha brasileira e um ex-candidato a presidente dos Estados Unidos, em frente do postinho de gasolina do bairro.
Mas eles estão lá, da mesma forma que cidades do interior, com Angatuba puxando a fila.
Tem também gente como Cássio Martins Villaça, que numa praça ao lado da sua rua, cria galos caipiras, quem sabe para recordar um passado que não volta, onde as fazendas e os sítios eram a marca registrada dos moradores do estado.
Monsenhor Alberto Pequeno faz parte deste universo, cortando o bairro e separando o cemitério do Araçá das casas dos vivos.
É uma rua reta, que desce e sobe suavemente, acompanhando a topografia acidentada do pedaço, ligando a Cardoso de Almeida à Major Nathanael.
Rua de vida vegetal intensa, nela fica uma primavera que quando floresce vale mais de uma crônica.
E próximas da Cardoso de Almeida, encostadas num muro, algumas figueiras estendem suas ramadas, criando uma sombra imponente e facilitando a vida de quem anda por lá. Como contraponto, jacarandás protegem o muro do cemitério, coadjuvando os ipês maravilhosos que florescem dentro de seus muros.
Toda vez que passo por ela, gosto. Vejo algo belo, ou tenho paz.
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