Ranking da felicidade

De acordo com relatório da ONU, o Brasil está em quadragésimo nono lugar no ranking elaborado para medir a felicidade dos países. É a mesma posição de 2022 e não depõe muito positivamente sobre a realidade nacional, pelo menos no quesito felicidade.

Como quase tudo no mundo, a felicidade foi parametrizada para medir os seus diferentes graus e isso foi tabulado e transformado num relatório anual que aponta os países mais e menos felizes. Com mais de duzentos países no planeta, até que ser o quadragésimo nono não é tão feio assim, mas será que é por aí mesmo? Será que esse ranking é pra valer? Invariavelmente os primeiros colocados são países como Suécia, Noruega e Dinamarca, que curiosamente têm altos índices de suicídio.

Ora, se eles têm altos índices de suicídio, como podem estar entre os primeiros classificados entre os povos mais felizes? Ser feliz pressupõe querer tocar em frente e seguir aproveitando a vida com tudo de bom e bonito que ela tem e te dá, fazendo você ser mais feliz. A ideia de suicídio é o oposto da ideia de felicidade. A não ser que a pessoa feliz tenha medo de perder seus status e se mate enquanto é feliz, não faz muito sentido se falar em tirar a própria vida, estando no estado da arte do topo da condição humana.

Então, até que ponto um relatório da ONU pode ou não estar certo sobre ser feliz ou não ser feliz? Para isso é necessário definir o que é ser feliz. Será que a felicidade pode ser um estado permanente? Será que ela pode não ter fim? Ou certo está o samba que diz: “A felicidade é como uma gota de orvalho numa pétala de flor, brilha, depois de leve oscila e cai como uma lágrima de amor?”

A felicidade é algo que você descobre quando sente, mas que, normalmente, nunca está onde a pomos ou nunca a pomos onde estamos.

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