Política é para profissionais

Política é para profissionais. Quem achar que não vai quebrar a cara.

Quem tiver a ilusão de que no Congresso Nacional tem bobo, com certeza vai se dar mal. Até os recém-chegados sabem que o assunto é sério, que dançar em Brasília é complicado e que ficar perto das paredes nunca é demais. Ao contrário, proteger as costas pode ser muito importante.

Uma velha raposa da política brasileira dizia que “em política, só bobo briga”. A constatação é pra valer. Já assisti reuniões em que “inimigos mortais” batiam papo como velhos amigos, inclusive negociando posições que ninguém imaginaria que seriam negociadas, pelo menos com base naquilo que cada um grita quanto tem imprensa perto.

Pode mais quem chora menos. A regra é esta e ela vale para todas as situações, seja a favor, seja contra ou muito pelo contrário. Dizia o grande político inglês Winston Churchill que “a arte da política é empurrar para amanhã o que já estava estourado ontem”. Quanto mais para a frente, melhor. Fica menos dolorido, menos lembrado e menos cobrado.

Quem quiser se dar bem, primeiro tem que aprender. Não tem político que chega cantando de galo e se dá bem por muito tempo. Não é assim que a coisa funciona. Se ele cair no gosto de um par mais experiente, ele corta caminho e aprende rapidamente com a ajuda do padrinho.

Se não tiver padrinho, pior. Aí tem que percorrer o caminho do aprendizado sozinho e isso pode custar a reeleição. Tem gente que acha que porque é amiga do mais poderoso está com a bola toda O gozado é o susto que ela toma quando o poderoso, pensando no próprio umbigo, não só a deixa no meio do caminho, como não faz nada para ajudá-la ou até diz, com cara de anjo, que não tem nada com isso.

Você acha que não? Puxe pela memória quantos presidentes fizeram mais de uma vez o contrário do que os seguidores queriam?