CET merece fé?
Você acredita na CET? Você acha que a encarregada da ordem no caos das ruas da Capital merece fé? Em outras palavras, se a CET fosse a responsável por uma escola maternal, você colocaria seu filho nela?
Pois é, este é o problema. Não sei de muita gente que colocaria seus filhos numa escola gerenciada pela CET. Está certo que não tenho uma pesquisa com bases científicas, como as feitas pelas empresas do ramo, mas, empiricamente, não sei de muitos paulistanos que, tendo a experiência diária de rodar pelas nossas ruas, tivesse a coragem de entregar seus filhos aos cuidados dos bravos agentes da Companhia de Trânsito, com a missão de se encarregarem de seu bem-estar e educação.
É verdade, a CET fez escola e dezenas de municípios copiam suas ações, implantando em suas ruas, muitas vezes pacatas, o caos desenvolvido por ela para piorar o caos paulistano.
O resultado tem sido sempre desanimador ou, visto pelo outro lado, um completo sucesso, com ruas até então fáceis de rodar se tornando, depois da implantação do modelo CET, uma bagunça sem fim.
Pode mais quem chora menos. Em São Paulo, com certeza, a CET é a única que não chora. Sua ação, desde o começo, décadas atrás, sempre se pautou pelo máximo de dano no mínimo de espaço.
E isso, é preciso reconhecer, ela fez e faz com enorme competência, o que nos obriga a rever a afirmação de que a CET é mais incompetente de todas as empresas incompetentes. Ela é incompetente para dar um jeito no trânsito, mas não é incompetente para fazer o oposto. Logo, ela é de alguma forma competente e essa competência tem peso na sua avaliação.
É verdade, pode ter peso, mas não me parece que faça a imagem da companhia mudar. Em décadas de existência, não sei de muita gente que tenha fé na CET.
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