Uma boa notícia para nossas crianças
Finalmente uma boa notícia. Depois dos vexames do futebol nacional, da queda do Mercosul, do número espantoso de crianças e jovens internados por causa de queimaduras, do crescimento ser menor do que precisaria ser, finalmente uma boa notícia. E boa mesmo.
De acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde, o Brasil saiu do rol das 20 nações que menos vacinam crianças, no qual ocupávamos a sétima posição.
Tradicionalmente, o país sempre teve forte aderência às campanhas de vacinação. Já fomos exemplo para o mundo. Liquidamos com a paralisia infantil e tivemos uma taxa de imunização de 90%. Não é pouca cosia. Mas de 2016 para cá este quadro começou a mudar e ano a ano fomos perdendo a guerra, com nossos níveis de proteção caindo para números vergonhosos, onde a vergonha, ainda por cima, tem como resultado o aumento de crianças e jovens atingidos por doenças evitáveis com a aplicação de uma simples vacina.
O negacionismo é burro. A diferença é que dizer que a Terra é plana não afeta ninguém, a não ser a imagem de quem fala uma sandice dessas, enquanto não vacinar uma criança pode resultar na sua morte.
As campanhas de desinformação principalmente pelas redes socais são criminosas. Os responsáveis por elas deveriam ser julgados por homicídio qualificado, porque é exatamente isso que eles fazem. Ao convencerem pais a não vacinarem seus filhos, eles estão brincando de roleta russa, só que colocando a vida dos filhos dos outros diante do cano do revólver.
Ao sair da vergonha de uma lista com os 20 piores do mundo, estamos resgatando a fé do brasileiro nas vacinas e garantindo uma vida mais saudável para nossas crianças. Vamos em frente que o jogo é de taça.
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