Relações Humanas
Tem gente que anda pela rua com um sorriso aberto na boca, pronta para dizer bom dia a quem cruzar com ela. Tem quem anda pela rua, você diz bom dia e ela segue em frente, como se fosse importante demais para o seu bom dia. Tem os que não respondem por timidez e os que só respondem depois que você cumprimenta.
Cada um é cada um e cada um sabe de si, alguns por bem, outros por mal. Faz parte da natureza humana ser assim, da mesma forma que faz parte ter gente boa, que acredita em São Francisco, e gente ruim, que segue firme os passos de Adolf Hitler.
Mas a maioria não está nem dum lado, nem do outro. A maioria está no meio e tem reações próprias e diferentes em função de cada tipicidade.
Por isso, as relações humanas podem ser fáceis ou difíceis, depende dos envolvidos, e aí entra mais que sexo, raça e time de futebol.
Entra uma coisa chamada empatia, que ninguém explica, mas que existe e une ou separa as pessoas em função de se ter ou não se ter empatia.
Empatia não implica necessariamente em você e o outro terem gostos semelhantes, torcerem para o mesmo time ou desconfiarem da seleção brasileira. Não, vocês podem ser opostos e terem empatia, se entenderem no público e no privado, apesar de um gostar de nhoque e o outro saber que nhoque não existe.
O respeito, a admiração, a amizade e o amor fazem as diferenças serem toleradas, aceitas e até admiradas. A vaca torce o rabo quando você acha que, se o outro não acha o que você acha, ele está errado. E mais errado ainda quando ele acha o oposto do que você acha.
A beleza da democracia é que ela permite todos os achados, a favor e contra, desde que não firam a lei. Dentro dessa bitola, o céu é o limite.
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