Tá ruim, vai piorar
É impressionante, mas a cidade de São Paulo tem sido palco de congestionamento de trânsito com mais de mil quilômetros. Mais impressionante ainda é lembrar que até alguns anos atrás os congestionamentos impressionantes não tinham quatrocentos quilômetros.
Em dez anos a ordem de grandeza mudou de patamar e a notícia ruim é que a progressão deve seguir firme e forte, aumentado os engarrafamentos que literalmente param a cidade. Tradicionalmente, os maiores congestionamentos aconteciam as sextas-feiras, da pandemia para cá, tem-se observados o crescimento dos congestionamentos das quintas-feiras. Parece que na base do fenômeno está o home office, que deslocou o pior dia da semana da sexta para a quinta feira.
Pode ser que sim, pode ser que não. O fato é que o quadro está aí, com particular carinho nas vésperas de feriados, especialmente os prolongados. Quando eles acontecem São Paulo se transforma num ninho de serpentes que se arrastam quase parando para todos os lados, mas com mais força em direção as saídas das estradas.
É verdade, a CET não colabora para minimizar o desastre. Os semáforos quando funcionam, normalmente, são mal sincronizados, e nos outros dias, ficam piscando ou embandeirados, complicando ainda mais o que já está muito ruim. Para completar, os marronzinhos sumiram, ou quando são vistos, fazem turismo nos seus carrinhos amarelos, dando maus exemplos do que fazer nas ruas para os motoristas em geral.
De toda forma, a culpa não é integralmente da CET. Tem mais carro do que rua e a situação vai piorar muito quando os enormes edifícios que vão sendo construídos ficarem prontos. Boa parte deles está em ruas que não comportam o aumento do trânsito e como trânsito vai aumentar, já, já estaremos batendo nos mil e duzentos quilômetros.
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