As fontes do Ipiranga
[Crônica de 26 de agosto de 2004]
O museu do Ipiranga é dos museus simpáticos do mundo. Além disso, é um museu interessante, com uma maquete de como São Paulo era que merece ser vista por que dá uma vaga noção da mudança brutal que alterou completamente a cara da cidade ao longo dos 2 séculos.
Construído para marcar para sempre o local onde foi proclamada a independência do Brasil, o museu do Ipiranga é mais que um museu, com o prédio do museu fazendo parte de um complexo muito maior e que deveria ser muito mais bonito, inclusive com um lugar especial, onde está o coração de D. Pedro I.
O parque do Ipiranga deveria ser uma das regiões mais bonitas da cidade. Alguma coisa para competir com o Ibirapuera e levar vantagem, com a perspectiva do prédio do museu ao fundo, e uma série de fontes entre ele e o monumento da Independência realçando o prédio de linhas clássicas, no alto de uma escadaria tipicamente europeia.
Pouca gente sabe, mas para construir o museu e o parque da Independência foi criada uma loteria, com a arrecadação destinada a financiar as obras que se estenderam por um bom tempo e nunca foram completamente terminadas.
O nome correto do museu do Ipiranga é museu Paulista e ele pertence à USP, que além dele, tem outros museus que valem a pena serem visitados.
Ao longo dos anos o parque da Independência foi se deteriorando, até ficar uma vaga sombra do que foi e do que sempre deveria ter sido. Agora, ele está sendo restaurado, com as fontes voltando a jorrar e as estátuas e os jardins franceses sendo recuperados. A inauguração será dia 7 de setembro, por todos os motivos, o melhor dos dias.
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