A homenagem a Esther de Figueiredo Ferraz
[Crônica de 18 de agosto de 2009]
Esther de Figueiredo Ferraz foi das mulheres extraordinárias da história de São Paulo. Numa época em que as mulheres quando muito iam a alguns jantares frequentados pelos maridos, ela decidiu ser advogada criminal. Foi a primeira mulher paulista a fazer um júri, advogando pela defesa do réu.
Depois, foi a primeira mulher a integrar o Conselho da OAB. E a primeira Livre Docente da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Foi a primeira Reitora de uma universidade, assumindo de forma inédita a Universidade Mackenzie.
E foi a primeira secretaria da educação do Estado de São Paulo, o que, a seguir a levou a ser a única ministra da educação da República Federativa do Brasil. Isso tudo numa época em que mulher era vista como artigo de segunda, com pouca utilidade, além de cuidar do lar e agradar seus senhores e amos.
Hoje, o que Esther conseguiu pode parecer natural. Naquela época foi uma epopeia. É isso que a Revista do Advogado, editada pela Associação dos Advogados de São Paulo, numa edição dedicada a esta mulher extraordinária mostra, através de uma série de artigos excepcionalmente felizes, assinados por alguns dos grandes nomes deste país.
Sem desmerecer os demais, nem a competência ou o brilho de queridos amigos, entre os artigos vale destaque os assinados por Gilda Figueiredo Ferraz de Andrade, Horácio Bernardes Neto, Marco Aurélio Mello e Paulo Nathanael. Eles têm um toque pessoal que os faz diferentes.
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