A Emoção Libertária
[Crônica de 30 de novembro de 2005]
Tuna Dwek é uma artista múltipla e competente, com uma carreira sólida nos palcos dos teatros brasileiros. Mas quem leu Lua de Cetim, sabe que o maior talento dela é, sendo sensível, descobrir a sensibilidade das pessoas sensíveis e expô-la em livros deliciosos como o que narra a trajetória do meu querido Alcides Nogueira.
Por isso quando recebi o e-mail de Maria Adelaide Amaral, mandando reservar o final de tarde de 16 de novembro para o lançamento de A Emoção Libertária, um livro feito pela Tuna, nos mesmos moldes de Lua de Cetim, só que com a Adelaide no papel do Tide eu fiquei feliz por elas, mas também por mim, porque teria em poucos dias um livro delicioso para ler.
E foi isso que aconteceu. Saí da noite de autógrafos na Casa do Saber e na mesma noite, antes de dormir comecei a ler o livro. Quando me dei conta, era uma hora da manhã e eu tinha devorado quase cem páginas.
Na sexta-feira acabei a leitura, emocionado com a história maravilhosa dessa mulher maravilhosa que é reconhecidamente uma das maiores escritoras brasileiras. Maria Adelaide Amaral se entregou à Tuna Dwek com o mesmo despojamento e a mesma intensidade que se entrega às suas minisséries e as peças de teatro.
Tuna e Adelaide deram liga, se entenderam, se completaram. Íntegra, de coração aberto e mente viva, a autora de A Muralha, a Casa das Sete Mulheres e de Um Só Coração, dá um testemunho lindo e comovente de sua vida e de quem ela é. Testemunho que Tuna transformou num livro que a gente não consegue parar de ler porque é pura emoção, Emoção Libertária.
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