Véspera de Natal

Hoje é véspera de Natal, o dia em que as comemorações do nascimento do Cristo ganham tração, que as pessoas começam a se preparar para a noite, em que os almoços de fim de ano atingem ou não o momento mais alto, com amigos e parentes confraternizando num spoliler do que deverá vir no decorrer do dia e da passagem da noite.

Mas como diz um amigo meu, quem foi que disse que Cristo nasceu no dia 25 de dezembro da nossa era? Onde está a certidão de nascimento, a comprovação que foi assim que aconteceu?

Não vamos esquecer, para acertar o calendário Gregoriano a Igreja comeu mais de 30 anos, que simplesmente desapareceram sem deixar vestígio. Ora, se para introduzir um novo calendário e acertar a ordem do tempo, sumiram com 30 anos, como fica o dia do nascimento do Cristo? Matematicamente, ele não se sustenta.

Mas será que isso tem importância? As datas e festas têm origem pagã. Não estão na Bíblia, foram convalidadas pela Igreja para alcançar seus objetivos de expansão pela Europa.

Como explicar e implantar a nova religião? O mais fácil e o que foi feito, é adotar as festas e marcos dos povos convertidos e assimilar a nova doutrina as suas tradições.

A bem da verdade, se Cristo nasceu ou não no dia 25 de dezembro do ano um da nossa era é absolutamente indiferente. O fato perde relevância diante do mito, da crença, da necessidade de uma resposta onde não há respostas.

O que está em jogo é a materialização de todos os bons sentimentos, da esperança, da certeza de dias melhores, da vontade de ter paz, nem que seja por uma única noite, de 24 para 25 de dezembro. A noite do Natal.

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