Lembrando ícones do passado
“Um bom sono pra você e um alegre despertar”. O comercial dos Cobertores Parayba, com o desenho das crianças indo dormir com o castiçal na mão, marcou época na TV brasileira.
Da mesma forma que o: “Quem bate? É o frio. Eu não deixo você entrar. As Casas Pernambucanas vão aquecer o meu lar”.
E os anúncios da VARIG, VARIG, VARIG, com o maravilhoso “Seu Cabral vinha navegando, quando alguém foi gritando – Terra à vista! E foi descoberto o Brasil…”
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“Bela camisa, Fernandinho” consagrou a marca US Top, que, além das camisas, fazia jeans maravilhosos.
E por falar em jeans, quem se lembra do pai de todos, do primeiro, as calças Rancheiras?
A indústria automobilística não ficava devendo nada para ninguém. “Nesta marca você confia.” e “o bom senso sobre rodas” marcaram os modelos da Volkswagen.
Os anúncios do cigarro Hollywood, numa época em que o legal era fumar, mostravam a enorme empatia e o tudo a ver entre os cigarros e os esportes, enquanto a Lei de Gerson, que até hoje marca os brasileiros, foi consequência de um anúncio de cigarro que tinha como protagonista o maestro da seleção de 1970, o grande Gerson, que sem querer deu o nome ao feio hábito de “levar vantagem em tudo”.
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E “o fino que satisfaz?” E tantas outras campanhas inesquecíveis que valorizavam o hábito, hoje amaldiçoado, de fumar mais de um maço por dia?
Tinha também as maldades, como batizar o Renault Gordini de “Leite Glória”, numa alusão ao famoso leite em pó “que desmancha sem bater”.
Entre secos e molhados, a propaganda brasileira sempre deu show. Sua criatividade foi tão grande 50 anos atrás que continuam vivos até hoje.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.