É tempo de sopas
Uma invenção que começou na pré-história
Pela variedade de ingredientes e sabores, um dos pratos mais versáteis que existe é a sopa. Não se sabe ao certo qual é a sua origem, mas há registros que revelam que desde a pré-história era costume aquecer a água e misturá-la com legumes e raízes. A iguaria ganhou popularidade na Idade Média, de forma bem condimentada. Posteriormente, novas receitas foram criadas e as sopas se tornaram tradicionais em muitas culinárias mundiais, como o missoshiru, no Japão, a de capeletti, na Itália, e a húngara goulash.
No Brasil, entre as mais tradicionais destacam-se as sopas à mineira, feitas com fubá torrado com ovo e couve, os caldos de mocotó e de feijão. Inclusive, há indícios de que o caldo de feijão seja uma invenção brasileira pelas mãos dos escravos. E dos imigrantes que aqui chegaram a partir do século XIX, nós herdamos uma variedade de sabores e texturas. Algumas mais cremosas, outras mais ralas, que se diferenciam dos caldos pela sua consistência.
Tipicamente consumidas nesta época do ano e no inverno, o corpo pede uma comida mais quente, as sopas aquecem e alimentam. Tanto que a própria origem do nome remete a isso: no sânscrito, origem da palavra sopa, sû significa bem e em pô, alimentar. Também há registros de que a sopa é o prato mais antigo do mundo.
Se pararmos para pensar, dificilmente encontraremos alguém que não tenha uma receita de prontidão, muitas vezes, que passou de geração para geração, ou que não se habilite a criar novos sabores. A própria sopa proporciona essa versatilidade, seja como prato principal ou de entrada. Receita é o que não falta e o que vale é se aquecer nesse frio.
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