Piratininga

Depois de percorrer o Peabiru, primeiro de São Vicente até Cubatão, depois, pelo trecho de serra, Martim Afonso e seus companheiros deram com um planalto amplo, cortado por vários rios, afluentes de um grande curso d’água que corria em direção ao interior.

Do alto da serra tinham uma vista magnífica. De um lado a baixada e a enormidade do oceano, de outro os campos que nasciam do pé da mata e se espalhavam pela grande bacia formada pelos rios, cercados pelas montanhas em volta.

Em algum lugar daquela imensidão ficava a taba de Tibiriçá, sogro de João Ramalho. O grande cacique era o senhor do planalto, poder que dividia com os irmãos, chefes guerreiros de outras tribos tupis espalhadas pela região.

João Ramalho levou Martim Afonso para a taba do sogro. De lá o comandante português iniciou a exploração da região, sempre tendo como parâmetro o caminho do Peabiru.

Foi provavelmente próximo do caminho que Martim Afonso encontrou a área que ele considerou ideal para fundar uma segunda vila na sua Capitania.

Em janeiro de 1532 ele fundou a vila de Piratininga, promovendo a eleição da Câmara e a instalação do Pelourinho.

A vila de Piratininga teve vida curta. Mas foi o embrião do que viria a ser São Paulo.

Poucos anos depois da fundação, os brancos que a habitavam se mudaram para Santo André da Borda do Campo, onde vivia João Ramalho, levando consigo a Câmara e o Pelourinho. Santo André foi a segunda vila do Planalto e a predecessora da vila de São Paulo.

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