Os macaquinhos do butantã
A vida na cidade não é mais o que era. Não esquecendo a pandemia, e suas consequências trágicas para milhares de famílias atingidas pela covid19, a cidade oferece cenas inusitadas, realidades maravilhosas, aventuras de cinema.
Tem um pouco de tudo, do bom e do ruim, do triste e do alegre, do bonito e do feio. A cidade é um universo confinado em suas dimensões espalhadas pelo planalto, interagindo com outras áreas em volta, mais ou menos degradadas, mais ou menos preservadas, densamente povoadas ou praticamente sem ninguém.
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As matas da serra são deslumbrantes e mostram como a conquista da terra pelos europeu foi uma ação impressionante, iniciada por poucas centenas de portugueses que ousaram desafiar a muralha de Paranapiacaba para se instalar do outro lado da serra e entrar sertão a dentro para encontrar riquezas inimagináveis e agregar quatro milhões e meio de quilômetros quadrados ao território do rei português.
A história de São Paulo fala de homens que deixavam sua vila pobre para entrarem pelo sertão em busca de índios, de ouro, de pedras preciosas; e fala de mulheres fortes, que ficavam no Planalto e cuidavam das fazendas e do cotidiano.
Hoje isto é história. Isto é o Brasil. A vila se transformou na maior cidade do hemisfério sul. E, no novo cenário, a vida se adaptou e segue em frente num ritmo inimaginável 50 anos atrás.
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Aves de todos os tipos e tamanhos preferem viver na cidade. É mais fácil. A luta pela vida é menos dura. Mas não são apenas as aves que deixaram as matas em busca do conforto urbano. O verde do Butantã é o lar de bandos de saguis que atravessam o bairro pelos fios da rede elétrica. Para eles também a vida na cidade é bem mais fácil.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.