O futuro da mobilidade
Veremos um aumento da frota de automóveis nas ruas?
Se antes os carros eram vistos como vilão, com a pandemia, muitos estão dando preferência ao transporte individual. Segundo a 21ª edição “Pesquisa Global com Executivos do Setor Automotivo 2020” (Global Automotive Executive Survey 2020, em inglês), conduzida pela KPMG, o movimento de aversão ao transporte público começou na China, primeiro país a retomar. Lá a preferência foi pela aquisição de veículos usados e seminovos, uma tendência que já tem sido observada no Brasil.
Atualmente, a frota de automóveis na cidade de São Paulo é de cerca de 9 milhões de unidades. Antes da pandemia, quase 80% dos paulistanos utilizavam aplicativos de mobilidade e a capital ocupava o 8º lugar no ranking entre 31 metrópoles dos cinco continentes que mais utilizavam essa forma de transporte, segundo uma pesquisa da Kantar. Com a pandemia, os motoristas de aplicativos viram o movimento despencar.
Por outro lado, no primeiro semestre deste ano, para cada novo carro vendido, cerca de quatro usados foram negociados. E ainda que a venda do segmento de novos esteja em passos lentos, depois de uma queda recorde registrada em abril, nos quatro meses seguintes ela apresentou uma recuperação. Somente em julho, a alta foi de 31,4% em relação ao mês anterior e a capital paulista respondeu por aproximadamente 31% das vendas nacionais.
Outro movimento que também pode acontecer no Brasil, a exemplo do mercado europeu e do americano, é ganhar força o modelo de assinatura de veículos, o que é diferente do modelo de locação, já que o usuário aluga por um período maior. Seja qual for a escolha, a mobilidade urbana tende a mudar. E dois outros fatores também vão contribuir para isso: o aumento do trabalho remoto e, consequentemente, alguns vão optar por morar em cidades próximas à capital. O que também vai demandar meios de transporte.
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