As borboletas e as pessoas
As borboletas não sabem, mas estão constantemente ameaçadas. Mas não mais pelos caçadores de borboletas que corriam atrás delas com suas redes engraçadas e que depois de matá-las as pregavam em painéis especiais. Agora, as borboletas estão ameaçadas pela agressividade do planeta, que pode tornar a natureza hostil para elas.
As pessoas, às vezes, lembram as borboletas. Elas também estão permanentemente ameaçadas e na maior parte do tempo não se dão conta que a ameaça é concreta e que de repente pode despencar casa à dentro, ferindo fundo no peito de quem nós mais gostamos.
O mundo moderno é hostil. É agressivo. E tem diferentes maneiras de nos mostrar isso, todos os dias.
A nós cabe tomar os cuidados para minimizar as possibilidades de acabarmos como as borboletas: ou apenas um número frio, numa estatística fria, mostrando o custo da barbárie para a espécie humana.
As violências são as mais variadas e muitas delas completamente fora de controle. Mas, algumas permitem que se lute contra elas, que se tente mudar o ambiente, que se busque um novo cenário.
Se contra a natureza a luta é inútil, contra os atos humanos nós podemos nos rebelar. Podemos tentar fazer de outro jeito. Podemos não compactuar.
O Brasil não é nem nunca foi o que querem nos fazer engolir que ele é. Nossa história é rica em ações positivas, em exemplos bonitos, em lutas justas por um futuro melhor. É verdade, temos erros, também. E eles servem de exemplo para o que não queremos mais. Cabe a nós mudar o destino das borboletas. Cabe a nós fazer de novo desta terra uma terra boa, correta, ética e amiga dos seus filhos.
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