Hábitos de solidariedade
O brasileiro se acha solidário, mas a maioria diz que a responsabilidade é do governo e das ONGs
Uma pesquisa do Datafolha, encomendada pela marca OMO, buscou conhecer mais sobre os hábitos e ações de solidariedade dos brasileiros antes e durante a pandemia. Realizada no início de setembro com a participação de 1.500 entrevistados de todas as regiões do país, 96% afirmaram que desejam ser mais solidário e buscar realizar ações para fazer o bem e promover um futuro melhor, mas muitas vezes não sabem qual é o caminho certo. Tanto que a grande maioria (68%) age de forma individual e pontualmente.
Entre os entrevistados, apenas 27% efetivamente se envolvem em ações coletivas organizadas, 95% costumavam ajudar pessoas conhecidas ou desconhecidas sempre que tinham uma oportunidade e 86% realizavam doações e/ou arrecadações de produtos, roupas, alimentos e medicamentos.
Um fato curioso é que o brasileiro se enxerga solidário (92%), mas a percepção é menor quando se olha para o outro (68% não considera o próximo solidário).
Para a grande maioria, (84%) a responsabilidade de realizar ações em prol da sociedade é do governo ou de ONGs, enquanto 72% defendem que ela é também das empresas. Sete de cada dez respostas relacionam ações de solidariedade principalmente com o ato de ajudar quem está precisando, como pessoas em situações mais frágeis e de vulnerabilidade social.
Em contrapartida, apenas três em cada dez citações associam ações de solidariedade com atitudes coletivas, como ações para o bem estar comum, ajuda a instituições, como ONGs, orfanatos, hospitais, asilos, e com a prestação de serviços voluntários e comunitários.
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