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O mundo vai mal

 

Não tem dúvida, o Brasil vai mal. E no curto prazo não tem luz no fim do túnel, nem o farol do trem que vai nos atropelar apareceu. Estamos em meio às trevas. O sol não dá conta de varar a nuvem cinza dos mais de 250 mil mortos pela covid19.

Como não temos plano para enfrentar a pandemia, também não temos plano para sair da crise e o resultado é o número apavorante de pessoas sem emprego, de empresas fechadas, de imóveis vazios.

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Enquanto isso, a pancadaria come solta. De um lado, o Presidente e sua turma, do outro, os governadores. É fantástico, mas o Presidente, com sua posição negacionista, conseguiu o impossível: todos os governadores estão do mesmo lado, que é o lado da vida, do combate ao vírus e da vacinação em massa da população.

É um quadro apavorante. O Brasil tem competência de sobra para vacinar mais de um milhão de pessoas por dia.

Mas não é isso que está acontecendo na vacinação contra o coronavírus. Mal e mal estamos chegando em 200 mil, o que é ridículo frente ao tamanho de nossa população. E, como não temos vacina, nem seringas, nem comando centralizado para combater a pandemia, não tem como o número melhorar.

Mas, olhando o que acontece em volta, na América do Sul estamos em segundo lugar. Perdemos apenas para o Chile. Os outros são piores.

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A Europa também não tem se saído muito bem. Os números apresentados não destoam muito dos números brasileiros, com a diferença de que eles têm vacina, seringa e pessoal para vacinar.

Os Estados Unidos carregam horripilantes 500 mil mortos. O dobro do Brasil. É verdade que agora estão vacinando mais de um milhão de pessoas por dia, mas o retrospecto é feio. E os outros países, com as honrosas exceções de sempre, como podem. Quer dizer, o quadro é complicado.

 

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.