O grande vilão da natureza
O consumo consciente e a reciclagem de materiais plásticos evitariam o descarte de 111 milhões de toneladas nos oceanos
A poluição plástica é considerada uma epidemia mundial e uma das principais causas de danos ao meio ambiente. Mais de 8 milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos todos os anos e o custo ambiental atinge US$ 8 bilhões anualmente. Do lixo produzido no Brasil, 13,5% é o volume de plástico e a reciclagem desse material representa menos de 2% do total. Neste mês acontece a campanha mundial Plastic Free July, em português, Julho Sem Plástico, idealizada pela instituição australiana Earth Carers Waste Education.
A iniciativa, criada em 2011, mobilizou o mundo e tem como objetivo reduzir o impacto e poluição que o plástico causa no meio ambiente. Segundo um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), desde o ano 2000, mais de 75% de todo o plástico produzido no mundo já virou lixo e 111 milhões de toneladas de plásticos são derramadas nos oceanos todos os anos.
Em 2018, a produção mundial foi de 280 milhões de toneladas, um terço dessa produção é de itens de uso único, como sacolas, canudos ou copos. O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11,3 milhões de toneladas, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia, segundo o Banco Mundial.
De um total de 79 milhões de toneladas de lixo produzidos pelo Brasil, em 2018, 13,5% foi o volume de plásticos, ou 11,3 milhões de toneladas. Do lixo plástico, o país recicla apenas 1,28%, um volume bem abaixo da média global, de 9%, e dos índices de 34,6% e 21,9% nos Estados Unidos e China, respectivamente, pelos dados da WWF citados pelo Atlas do Plástico.
Por outro lado, a reciclagem de latas de alumínio já virou um hábito nacional: o índice chegou a 97,6% em 2019, segundo dados da Abal (Associação Brasileira do Alumínio) e da Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas). De todos os tipos de plástico produzidos no Brasil, o PET é o que tem a mais alta taxa de reciclagem, chegando a 60%.
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