Registros escritos por Antonio Penteado Mendonça
Os árbitros brasileiros
Ninguém discute, o futebol brasileiro está no fundo da lata do lixo. A prova internacional é que não tem nenhum jogador brasileiro na lista dos melhores do mundo, eleitos pelos próprios jogadores. A prova nacional é o que acontece em campo, nos jogos mais pobres e nos mais ricos. Poucos…
A Emoção Libertária
[Crônica de 30 de novembro de 2005] Tuna Dwek é uma artista múltipla e competente, com uma carreira sólida nos palcos dos teatros brasileiros. Mas quem leu Lua de Cetim, sabe que o maior talento dela é, sendo sensível, descobrir a sensibilidade das pessoas sensíveis e expô-la em livros deliciosos…
Vai dar ruim
Não tem jeito, vai dar ruim. Ou melhor, já está dando. Até agora tivemos pequenas exibições de força, estudos do terreno feito por grupos encarregados de descobrir onde os danos podem ser maiores e mais sérios. E eles já mostram que a coisa vai ficar feia quando as grandes tempestades…
Apagão
[Crônica de 16 de novembro de 2009] De repente, a cidade ficou escura. Gente que estava nas ruas descreve o apagão como cena de ficção científica. Sem aviso a cidade foi apagando. Um lado, outro e outro, até que uma escuridão diferente tomou conta da noite. Com ela veio outro…
Paulo Rebocho
[Crônica de 30 de julho de 2002] Faz tempo, eu escrevi uma crônica falando sobre o homem que adotava praças. Enquanto tem gente que adota micos leões dourados, golfinhos e até criancinhas, Paulo Rebocho decidiu adotar praças na cidade de São Paulo. Pode parecer estranho alguém adotar uma praça. Afinal,…
Árvores fazem a diferença
Tem gente que gosta, tem quem não gosta das árvores. Diria que a maioria está no meio e na maior parte do tempo é indiferente a elas. Mas tem horas que as árvores são lembradas. Em São Paulo isso acontece com frequência quando elas caem, seja pela razão que for….
Dia do Bandeirante
[Crônica de 14 de novembro de 2003] Dia 14 de novembro é o dia do Bandeirante na cidade de Santana do Parnaíba. Quem criou a data foi o poeta Paulo Bomfim, profundo conhecedor da história das bandeiras porque as vive no sangue, como descendente direto dos bandeirantes homenageados por ela,…
Água mole em pedra dura
O mar é paciente, suas ondas vão e vem, vem e vão, monótonas, incessantes, em ritmos diferentes, por horas, dias, anos, quase que eternamente, batendo no mesmo lugar, na mesma praia, na mesma pedra, como se sua missão fosse mudar o desenho da costa, refazer as praias, redesenhar as rochas…
O silêncio da cidade
São Paulo não para, não dorme, não descansa. 24 horas por dia a cidade segue em frente, corre atrás dos faróis, para nos semáforos, pergunta cadê os marronzinhos? E a resposta é o silêncio. O silêncio que não é silêncio, mas é mais expressivo, o silêncio é a falta de…
Com gelo e com limão
[Crônica de 25 de julho de 2002] Quando eu morei na Alemanha, na época em que ainda havia o muro, uma das minhas primeiras surpresas foi quando pedi um uísque, logo depois de chegar em Berlim, num bar na KuDamm. Era uma tarde de começo de primavera, de forma que…