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Certos radares e velocidades

Podem dar a explicação que quiserem, certas velocidades e os radares em seguida estão lá para encher o caixa do Governo do Estado.

Quem disser que tem sentido subir a serra pela Rodovia dos Tamoios a 40 quilômetros por hora ou está brincando ou age de má-fé, o que é inadmissível, e até crime, na administração pública.

Da mesma forma, que a velocidade da Imigrantes que desce ser menor do que a da Imigrantes que sobe, ou a serra do Quilombo, no caminho para o Guarujá, ter a redução que tem, justamente na descida.

Também não tem explicação a Anhanguera ter velocidade menor do que a Ademar de Barros e outras rodovias, estado a fora, terem velocidade de 60 quilômetros num trecho e de 80 em outro exatamente igual.

O mais curioso é que, depois da pegadinha, tem um radar que te pega e multa, tanto faz você ter entendido ou não ter entendido nada da bagunça, deliberadamente feita para multar ou por incompetência.

Faz muitos anos que eu bato nessa tecla. Não adiantou nada. Hoje a descida da Anchieta tem velocidade de cágado subindo em árvore. Quando eu era criança, a estrada descia a 80 quilômetros por hora e os carros não chegavam perto da tecnologia embarcada dos veículos de hoje.

Eram Kombis, Fuscas, DKW’s, Aero-Willis, Simcas, Opalas, Corcéis e outras máquinas apavorantes, que circulam até hoje pelas nossas ruas. E, no entanto, desciam a serra a 80 e não nos patéticos 40 de hoje.

Aumentou o número de maus motoristas? Sem dúvida. A corrupção para se conseguir uma habilitação não é segredo e o número de interessados cresceu muito.

Como política no Brasil é feita com P menor, pode mais quem chora menos. O Governo deixa a coisa correr solta, faz média com o eleitor, dá a carteira e depois multa todo mundo, em nome da segurança.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.