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A CET não tem jeito

Faz algumas semanas, assumi o compromisso de não falar da CET enquanto o nó da Marginal do Pinheiros não estivesse resolvido. Era a grande chance da CET se recuperar, não apenas moralmente, mas, acima de tudo, dos danos à imagem que sua ação permanentemente contra os interesses da cidade e da população desgastou até o osso.

Ninguém imaginou que a cidade não sofreria com o acidente. Não tem como a Marginal fechar e São Paulo não sentir na alma os estragos do pesadelo.

A cidade sentiu, ainda sente e vai sentir por vários meses, mas isso não pode servir de cortina de fumaça para o desinteresse da CET no trato da crise.

Mais uma vez, a Companhia e seus agentes mostraram absoluto desprezo pelo paulistano. O cidadão de São Paulo serve para pagar impostos e multas e assim garantir a pontualidade do pagamento dos salários dos funcionários da CET.

As medidas adotadas não aliviaram um metro de congestionamento. Ao contrário, com cones e afunilamentos, o que tinha tudo para ser muito ruim, ficou muito pior.

Mas o mais emocionante é ver o comprometimento dos marronzinhos colocados nas esquinas próximas e não tão próximas.

Estão muito mais para enfeite de Natal do que para colocar um mínimo de lógica nas ruas. O máximo que eles fazem é sacar de seus celulares e multarem. Não ajudam, não ocupam espaço, não sinalizam, nem ao menos impedem que motoristas afobados ou sem paciência fechem os cruzamentos.

O nó não é problema deles, é purgatório nosso. Mais do que nunca, pense: agora não seria o melhor momento para fechar a CET?

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.