Uma comunidade em crescimento
A Henrique Schaumann e a Alameda Itu têm algo em comum que as coloca automaticamente na comunidade que mais cresce na cidade de São Paulo.
Não, não é a pista larga da Henrique Schaumann, a Alameda Itu é estreita. Em compensação, a Alameda Itu, ao contrário da Henrique Schaumann, tem árvores deslumbrantes nas calçadas.
Então, não é por aí, nem por vários outros pontos divergentes, que elas dividem o mesmo destino, que pode até ser chamado de inveja e que tem particularidades muito mais comuns do que se pensa ao longo dos muitos mil quilômetros de ruas que cortam São Paulo.
Não há bairro que não viva a realidade dividida entre a Henrique Schaumann e a Alameda Itu.
Por mais que a CET grite que não, por mais que ela apresente números não auditados, por mais que ela se esforce, não há como negar o óbvio. O que une a Henrique Schaumann e a Alameda Itu é a impecável sincronização dos semáforos, fruto da inveja comum das duas em relação à Rua Veiga Filho.
Se a Veiga Filho pode ser crônica, por que nós não podemos? A pergunta pertinente e válida cabe na boca de centenas de ruas com semáforos perfeitamente sincronizados, só que ao contrário.
Isso mesmo, ao contrário. O que você está parado fecha, o da frente abre; o seu abre, o da frente fecha e assim sucessivamente ao longo do percurso da rua.
A Veiga Filho teve seus quinze minutos de glória quando a Crônica narrou o fato e a CET, vestindo a carapaça, sincronizou seus semáforos. Agora, todas as ruas também querem sair no rádio. É por isso que cada vez mais você encontra mais semáforos invertidos parando as ruas da Capital.
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