Os resedás e a beleza
Bem na frente da minha casa, dois resedás brancos, um ao lado do outro, decidiram florir ao mesmo tempo, criando um quadro de extrema beleza e poesia pura.
A beleza é parte da vida. Transcende nossa vontade, se impõe como um dom de Deus, redimensionando quem nós somos, porque diante da beleza nós somos muito pequenos.
Os conceitos de beleza humana variam de época para época, mas a beleza absoluta, a beleza natural, esta é eterna e permanece antes, durante e depois da vida de qualquer um de nós.
Um por do sol ou, sua contrapartida, o amanhecer… será que há imagem mais bonita, quadro mais completo, obra de arte mais perfeita?
Tem quem diga que sim, que o mar quebrando nas rochas e jogando a água para cima é mais belo. Ou que a lua cheia refletindo num lago é mais bela.
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Aceito as duas afirmações e poderia colocar dezenas de outras, começando pela lua cheia de poucas semanas atrás, que superou a média das luas cheias e fez o céu ficar ainda mais belo do que normalmente ele é.
Os seres humanos têm noções diferentes de beleza. Há quem goste de gente magra, há quem goste dos mais ou menos, há quem goste dos gordos.
Há quem goste de loiras, outros preferem as morenas e não se pode esquecer a beleza misteriosa das ruivas.
Da mesma forma, tem quem prefira homens musculosos, outros preferem os que fazem um tipo diferente e tem quem goste do que gosta, seja lá pela razão que for.
Mas os resedás da minha rua vão além. Não têm limites, são belos porque são belos e sua beleza é boa e faz bem a todos, tanto faz quem.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.
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