As antigas doenças estão de volta
Menino, eu tive catapora, sarampo, caxumba e rubéola. Nada que os meninos da época em que eu era menino não tivessem. Eu não fui a exceção à regra, eu fui a regra.
Não havia muitas vacinas. E as que havia, nós tomávamos porque era a forma mais inteligente de evitar que doenças às vezes fatais cobrassem seu preço em vidas de crianças que não precisavam morrer, ou ficar com sequelas, se fossem vacinadas.
Vacina Sabin, vacina contra tétano, BTG, enfim, havia um rol que era regularmente aplicado e teve como consequência, nas últimas décadas, várias doenças que cobravam alto preço em vidas praticamente desaparecerem.
Foi uma vitória histórica do ser humano sobre as forças naturais. Uma vitória da vida sobre a morte, da alegria sobre o sofrimento, da esperança de um futuro melhor para bilhões de pessoas.
Somando as conquistas da medicina com as descobertas tecnológicas e os investimentos no agronegócio, nunca na história da humanidade as populações foram tão saudáveis e a qualidade de vida melhorou em praticamente todos os continentes.
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É inacreditável, mas este patamar está ameaçado. E a ameaça não vem dos países mais pobres, onde várias doenças ainda correm soltas. Não, a ameaça vem dos países mais ricos, os primeiros que se beneficiaram dos avanços científicos, entre eles, as vacinas.
Catapora, rubéola, caxumba e sarampo estão de volta e ameaçam de novo com epidemias há muito erradicadas. Não tem sentido ser assim. Não precisa ser assim. Basta vacinar as crianças e boa parte do problema estará resolvido. É sem sentido ameaçar quem não precisa passar por isso com a volta, entre outras, da poliomielite. Pense nisso, vacine seu filho!
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h00