Algumas vans escolares
O perigo de generalizar é a injustiça. Com um, com vários ou com a maioria. O erro de uns poucos não pode ser referencial para justificar críticas mais fortes a respeito seja lá do tema que for. Por isso, não quero generalizar e desde já peço desculpas se alguém se sentir injustamente atingido. Não é a proposta.
Apenas não há como ficar quieto quando se vê algo errado, que pode ter consequências sérias para outros, no caso, crianças, que não têm nada com o assunto, apenas estão sendo transportadas para a escola, de manhã cedo, boa parte delas com certeza ainda com sono, dentro de uma van escolar.
O transporte de alunos é uma modalidade de transporte muito delicada. Os passageiros, em sua maioria, são crianças e jovens. Pela própria condição, são mais indefesos do que os mais velhos e, no caso de um acidente, têm menos capacidade de reação, até para se protegerem.
É por isso que ver uma van de transporte escolar fazer o que não deve pelas ruas da cidade é sempre preocupante.
Ainda que a manobra não apresente risco maior, como entrar numa preferencial forçando a barra em função do tamanho do veículo, ela não poderia ser realizada.
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Em primeiro lugar porque o trânsito paulistano se transformou numa fábrica de loucos e ninguém sabe qual a reação de um motorista fechado por um carro maior. E se for alguém estressado que passa e fecha a van e desce com uma arma na mão para tirar satisfação do motorista? Tenha certeza, cenas como essa acontecem com frequência.
Além disso, quem força a entrada numa preferencial baseado no tamanho da sua van é capaz de cometer deliberadamente outras infrações, protegido pelo tamanho de seu veículo. Muitas vezes, acaba mal.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h