Doação de sangue
Existem os heróis que morrem no campo de batalha, defendendo a bandeira, tomando de assalto o baluarte inexpugnável, salvando a vida de dezenas de companheiros.
Tem os que morrem heroicamente, mas sem reconhecimento, como dezenas de policiais que dão a vida na defesa da sociedade, assassinados torpemente por bandidos armados, invariavelmente com equipamentos mais modernos do que os deles.
Tem os que morrem para proteger o presidente, o governador, o juiz, o empresário ameaçado por alguém que de alguma forma pode atentar contra sua vida.
Tem os que morrem sem saber porque morrem, mas cuja morte acaba interferindo de uma forma ou de outra para o final feliz da história.
Tem os que morrem heroicamente – e são milhares todos os anos – na luta diária para levar para casa o pão nosso de cada dia. São assassinados, atropelados, feridos, assaltados enquanto ganham a vida honestamente, seguindo as regras que o agressor despreza, na certeza da impunidade ou, se for preso, na facilidade com que a Justiça o liberta muito antes do final da pena, em nome de não sei quantos perdões que a vítima e seus dependentes não tiveram.
Tem os que morrem heroicamente porque seu destino era morrer heroicamente e isso basta.
Mas tem os que podem ser heróis e permanecer vivo. E isso pode custar muito pouco. Alguns minutos, uma hora, um dia, depende da ação que a pessoa pratica.
Entre as ações simples que valem muito porque salvam vidas, está doar sangue. Doar sangue não dói, não tem contraindicações e salva a vida de outro ser humano. Pense nisso. Ser herói custa pouco. Doe sangue.