Ah, o sol
Se o sol não existisse, a terra não existiria. Afinal, sem ele não haveria sistema solar. Mas, dando de lambuja que a Terra fosse tão poderosa que existisse sem o sol, sem ele nós não existiríamos. Não há vida possível sem luz e calor.
Luz e calor que emanam do sol. Que chegam até nós depois de atravessar o espaço, gerados pela sua combustão alucinante, com milhares de graus Célsius transformando a matéria em energia, queimando, explodindo, criando turbilhões, que viajam pelo espaço na forma de luz e calor, permitindo a vida na Terra – e que nós tenhamos nosso momento de glória no curto espaço de alguns milhões de anos.
Ah, o sol. A carícia do sol sobre a pele. O calor se espalhando, aquecendo corpo e alma, criando sensações maravilhosas de bem estar e vontade de tudo, mas, acima de tudo, de continuar vivo.
O sol é a vida eternizada e recriada em cada segundo de luz, em cada grau de temperatura, em cada gota de suor que brota no corpo e escorre lentamente, quase que evaporando em seu curto percurso ao longo do corpo.
O sol é a praia de manhã cedo, ou não; o campo, o lago, o rio e a cachoeira, onde o corpo se refresca e se reencontra, se revigora e se entrega pra natureza, se reidrata e se expande na água gelada que alivia o calor do dia de verão.
Verão. Vida. Sol. Mar. Água salgada, água doce, água gelada garganta abaixo, matando a sede que insiste na garganta, espantando o calor que alucina o corpo.
Sol. Apenas o sol, o astro rei, o dono da vida, da reprodução das espécies, do ar, da terra, da chuva, da seiva que cria a vida e a perpetua, na fotossíntese, na terra molhada, no corpo satisfeito.